Sem fôlego (você é a minha via expressa pro excesso)

Escrevo neste momento por haver em mim ALEGRIA. Alegria que não cabe em mim de tão grande. Alegria que se revela no brilho do meu olhar, na naturalidade do meu sorriso, no suor das minhas mãos, na inquietude das minhas pernas...

Como é bom perceber que esta mulher que sou ainda guarda aquela menina que você conheceu. Como é bom perceber que você ainda me tem como há tempos. Como é bom saber que ainda desejamos perder o fôlego juntos. E é por gostarmos de sentir o sabor do fruto que a serpente deu a Eva que você aparece na minha porta durante a madrugada e me pede para sair às escondidas e aproveitar com você a escuridão que ainda resta da noite e a luz que o sol vai trazer.

Abraçar e sentir nossos corpos juntos. Rir de nossas aventuras. Analisar as mudanças. Revelar nossas vontades. É isso o que fazemos sempre que nos encontramos. Existe entre nós a certeza de que somos a morada um do outro. Existe entre nós uma força que nos atrai, que nos encanta, que nos detona. E assim somos servos um do outro. E assim nos entregamos aos nossos instintos mais primitivos... sem pudores, sem culpas.

Talvez nos vejamos amanhã, talvez nos vejamos ano que vem.Talvez eu viaje para muito longe, talvez você mude de cidade. Não importa. A liberdade paradoxalmente nos une. A liberdade nos mostra que nos pertencemos. A liberdade nos tem e nós temos um ao outro. Para sempre.