Tolo Eu, os Anjos

Entristece-me soberba covardia dos anjos que a mim guardam,

Cuidam-me apenas! Consolam-me somente!

É o que acho ao menos...

Tão solitários são quando encontram-me feliz, por vezes raivosos!

E estagnam-se numa nuvem de esgoísmo, desfalescente em desdém

[ao ouvir meu choro,

Por quê diabos deixam-me a chorar!?

Deixam-me gastar meus prantos, e trair-me com minha solidão!

Afinal; CUIDAM-ME OU NÃO? CONSOLAM-ME OU NÃO? Pior que

[acho ainda!

Pasmeio-me a tamanha covardia, indescente até!

Disfarçam ironicamente, fingem que nem sabem... TOLO EU!

Vos credito ainda minha vida, frágil e carente de extremo cuidado...

Bernardo Reis
Enviado por Bernardo Reis em 30/11/2009
Reeditado em 26/07/2023
Código do texto: T1952712
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