Precisamos de tempo para pensar. E, pensando, gastamos nosso tempo. Uma decisão se avizinha, eis que imediatamente precisamos de tempo para pensar sobre o que decidir. Pensar e decidir, no mínimo, na melhor das hipóteses, sobre duas coisas, duas alternativas. Geralmente um par de opostos, sim ou não, vou ou não vou, faço ou não faço, isto ou aquilo, sempre uma afirmação contraposta a uma negação ou vice-versa. Decidir implica pensar.
Aproveito para puxar a sardinha para a minha polêmica preferida. Precisamos de tempo para pensar. No entanto, não precisamos de tempo para sentir. Precisaríamos de tempo para pensar sobre o que sentimos? Complicado esse negócio de abrir mão do pensamento poético e ver-se emaranhado em reflexões filosóficas. Sempre esse dilema.
Os primeiros resultados daquilo que fiz afirmando que não queria fazer começam a aparecer. Descubro, atônito, que não tenho certeza se pensava mais que sentia ou o contrário. E desconfio que estava freqüentemente pensando sobre o que sentia. O pior é que, achei que não precisava de tempo para isso. Fui lá fazendo, dando vazão a uma relação de causa e efeito que não levava em conta até aqui. Aparecendo os efeitos, eis o absurdo, eu voltando a pensar sobre o que sinto.
E agora ela também está pensando e gastando seu tempo. Pensando no relacionamento, provavelmente em mim. E eu tendo que pensar se isto é bom ou ruim, se fico satisfeito com essa situação, por achar que antes ela não refletia e agora, depois de meu ato (impensado?), reflete. Vai colocar nos pratos da balança o peso e a leveza desse relacionamento.
Estou preocupado com tudo que vem por aí, no que isso tudo vai dar. E tentando evitar esse fiozinho de esperança que desponta, pois a esperança é feita sempre para gente tentar adivinhar o futuro de acordo com nossas expectativas.
Melhor seria que não fosse assim. Mas quem disse que as coisas perguntam para gente como é que elas devem ser? Nós é que devemos fazer as coisas, não é isto o que parece? Voltamos à necessidade de decisão. Que nos leva ao seu fim mais importante, que é o imperativo da escolha. E escolher não escolher, antes de ser uma fuga, algo que elimina a escolha, nada mais é do que uma escolha.
Amo aquela mulher. E, pensando sobre o que sentia, escolhi decidir não mais esperar por ela.
Lá se vão minhas noites de sono com esse raciocínio circular. Isso ainda vai me deixar tonto.
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. É, Pascal não ajuda muito. Melhor voltar aos poetas.
Aproveito para puxar a sardinha para a minha polêmica preferida. Precisamos de tempo para pensar. No entanto, não precisamos de tempo para sentir. Precisaríamos de tempo para pensar sobre o que sentimos? Complicado esse negócio de abrir mão do pensamento poético e ver-se emaranhado em reflexões filosóficas. Sempre esse dilema.
Os primeiros resultados daquilo que fiz afirmando que não queria fazer começam a aparecer. Descubro, atônito, que não tenho certeza se pensava mais que sentia ou o contrário. E desconfio que estava freqüentemente pensando sobre o que sentia. O pior é que, achei que não precisava de tempo para isso. Fui lá fazendo, dando vazão a uma relação de causa e efeito que não levava em conta até aqui. Aparecendo os efeitos, eis o absurdo, eu voltando a pensar sobre o que sinto.
E agora ela também está pensando e gastando seu tempo. Pensando no relacionamento, provavelmente em mim. E eu tendo que pensar se isto é bom ou ruim, se fico satisfeito com essa situação, por achar que antes ela não refletia e agora, depois de meu ato (impensado?), reflete. Vai colocar nos pratos da balança o peso e a leveza desse relacionamento.
Estou preocupado com tudo que vem por aí, no que isso tudo vai dar. E tentando evitar esse fiozinho de esperança que desponta, pois a esperança é feita sempre para gente tentar adivinhar o futuro de acordo com nossas expectativas.
Melhor seria que não fosse assim. Mas quem disse que as coisas perguntam para gente como é que elas devem ser? Nós é que devemos fazer as coisas, não é isto o que parece? Voltamos à necessidade de decisão. Que nos leva ao seu fim mais importante, que é o imperativo da escolha. E escolher não escolher, antes de ser uma fuga, algo que elimina a escolha, nada mais é do que uma escolha.
Amo aquela mulher. E, pensando sobre o que sentia, escolhi decidir não mais esperar por ela.
Lá se vão minhas noites de sono com esse raciocínio circular. Isso ainda vai me deixar tonto.
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. É, Pascal não ajuda muito. Melhor voltar aos poetas.