NÓS DOIS
NÓS DOIS
Quando sabes que me sentes? Quando pensas no que sentes?
Quando procuras-me e não achas, quando queres me falar,
Quando ligas e não consegues um meio de conectar;
Sim, nesse ponto tu me sentes, na ausência do estar
Nesse ponto tu me sentes ausente; “_Ei! Onde estás?”
Angustiada, sentes-te impotente no falar; desejas me tocar.
É quando paras e pensas: “_Meu Deus! O que é que eu estou sentindo? Por que meu coração está disparado? O que é que eu estou sentindo?
É quando notas que me sentes; ausente;
É quando notas que me queres; presente;
Sentes que és um sentimento pertinente no sentir do nosso amar.
Quando eu busco os teus olhos e não encontro, quando quero ouvir tua voz e não consigo;
Quando quero o teu corpo e não o vejo, então quero tocar, quero sentir, então, quero estar em você; mas você não está.
Busco ouvir a tua voz e tu não me atendes, o mundo vira um burburinho e minha mente tonta, vaga entre redemoinhos de por quês...
É quando descubro-me carente de ti, inseguro menino velho, perdido no tempo e no vento, em rodopios de devaneios macabros.
Sim, porque te perder pra mim é a própria morte; e te perder, ainda que não a tenhas, pra mim é impossível resistir;
Se são sou um louco sonhador, sem ti, serei um ébrio de meus próprios pensamentos, um andarilho sem sentido, um cego procurando a direção; serei um nada!
Ligas-me quando te ligo, ligo-te e tu não estás, ligas-me e eu sai... e assim, procuramo-nos sem nos encontrar nesse mondo ediondo onde o amor, é coisa pra se deixar passar; passam dias, passam horas e aumentam somente o nosso penar.
H. F. Costa