A Plenitude do encontro - Homenagem em Prosa.
A PLENITUDE DO ENCONTRO
Como começa o beijo?
Quem inicia?
Começa qual provocação.
A dança do seduzir.
ELA exubera convidativa...
ELE, majestoso, estende-se frente à dama, num passeio largo, grandioso atrativo, próprio de sua natureza. Pertubadoramente tentador.
ELE, natural, rebuliçando, por vezes revoltoso, arredio, quase arrebentação.
ELA, ah, postura impecável, austera, larga, atraente, cheia de tantas peculiaridades.
Eivada de tradições, impossível não vê-la, querer se aproximar, e curiosamente saber do seu passado de tantas histórias, Marcas e marcos, uma longa trajetória e vida...
E ELE?
Não perde para ELA, não fica atrás, enche, encharca nossos olhos, é forte e emocional, é arrebatador, apaixonante... um gigante.Um ícone, entre os seus é o de maior importância, atrativo, objeto até mesmo de cobiça.....
São partes, completam-se. Complementam-se. Constituem uma primorosa pintura. Aos olhos de qualquer artista são oferta perfeita e certa de inspiração.
São belos.
Harmônicos.
E ao encontrarem-se, entreolharem-se, nos ofertam uma das mais surreais imagens aos olhos já vista. Acasalam-se. Dançam a dança das tradições, revolvem toda á mágoa - dor de um povo sofredor, e arrastam-se ao som do Batuque, da dança-lamento, da marca de negro, juntos dançam aos nossos olhos o Marabaixo...
Ai roubam nossas forças, retiram nossas lágrimas e perpetuam-se em cada um de nossos olhares.
E rodam que rodam as saias... Calor e sensualidade, misteriosa emoção...
Então nos quedamos a esse encontro, perplexos...
Atônitos, pasmados,
Silentes...
Indescritível encontrar.
O Rio e a Fortaleza,
A Fortaleza e o Rio...
O Rio Amazonas e a
A Fortaleza de São José de Macapá.
# Inspiração a partir de uma foto, no Orkut de um amigo de Macapá, dessa Pintura - paisagem. A Fortaleza de S. José de Macapá e o Rio que a beija, o Amazonas.