Prosa com o vento...
Nas areias mais finas, dedilhas o infinito...
Um atributo aos dizeres mais doces... Uma armadilha de vozes seletas.
Ainda não corri todas as luas... Ainda visto o que me cobre a pele...
Ainda não conheço todas as voltas...
Permaneço na esquina...
E por falar em amor, sem falar dele... Posso entender as grandes falhas... Um tamanho exato dos acontecimentos...
Aquilo que trazes no peito...
Andei pelas calçadas... Olhei-te entre os carros... Vi apenas o que o olhar foca... Autoretrato.
Dedicar os dias a mim... Cada dia um espetáculo...
O ator em plena profissão... A plateia envolta pelos seus ditos...
Resmungam as verdades... Aparecem sem pedir licença... Entram em cena.
Caem as faces-guias... Percebe-se que existem tantas marias... E todas com o mesmo efeito de neon... O mesma linha, a mesma caça... Muda-se apenas a maneira de seleção... Matariam todos os pombos... Para provar a tal evolução...
Ah!... Quanto ainda proliferar-se-á o medo da Verdade...
Missões... Valores... Lucros... Ajustes de contas... Medos!
E eu, entre olhares... Entrelinhas... Entre textos...
_ Acorda!... Vem ver o outro lado do horizonte!
_ Ainda é cedo... Preciso, agora, de um tempo.
Olhei o movimento... A evolução de tantos rumos...
Agora, preciso de um tempo... Sabes que como as coisas pelas beiradas... Até que não sobre mais nada...
Sou única... Isso significa que já nem existo.
Se por ventura, puzeres os pés na minha estrada lembre-se que rascunho a vida, assim como tu fazes...
E, por falar em pombos... A evolução tomou o seu regresso... Parabólicas patas... Sonoros entalhes... Empalhados sonhos...
Apenas o tempo desgasta e resgata o sentido das coisas...
Voltei ao eixo, à procura de outro foco... O farol de Virgínia... Outros tantos sem começo... A gama de coisas que não via mais, agora aparece ao meu redor...
Quantas palavras soltas... Assim é o fluxo da minha boca...
Alimento-te com risos... E choro com cada desenho apagado...
Moldar-me-ei às tuas andanças... Mas, desprendo meus calcanhares, agora.
15:13