Fêmea natureza
Preciso enxergar os teus verbos de rachar crânios
Compreender tuas idéias de atear fogo
Preciso mudar meu nome para um qualquer
E esconder-me do teu poder
De retorcer a cognição
Preciso me imaginar com esse teu poder morde-assopra
Vampirismo de fazer enlouquecer o entendimento
Ora perfumes florais, ora inhaca braba de podridão humana
Preciso largar de ser frouxo
E revelar a quem quiser ouvir
Que tua poesia é o derruba portas, que eu quero ver
É a lesão que atinge de cheio um cristão
E o faz sangrar
Seja sangue, sêmen ou lágrimas
Mas que simplesmente desmonte a macheza
Tudo isso mostrando como é...
Poderosa e suprema a tua fêmea natureza
Homenagem às poetisas e ao seus poderes, em especial: Arabela Morais e Elisa Lucinda