Produto do meio
Não sei o que digo,
nem sei o que faço.
Vou sem cansaço
perambulando pelo asfalto.
Cabisbaixo e atrevido,
insultando e retorcendo,
procurando e ocultando.
Vou sem rumo e sem hora certa
de chegar a nenhum lugar
De que vale a vida?
Se não há nada,
se não houve tempo de
encontrar minhas raízes
de compratilhar algum afeto.
Entre ser gente ou indigente,
Opto pelo fácil!
Opto pelo óbvio!
Pelo que há
sem rastros ...a rastejar!
O que eu sou, não vai mudar
Sou o produto
a bruta soma
a diferença a incomodar!
Será?!