Que Quimera Queres? Tens a Vida!

Uma nota carregada e dissipadora

Aliteração dos sentidos, reunindo

Trazendo para si, a onomatopéia.

Dali, do recôndito âmago, aflora

Sapeca um beijo na canção de aurora

Exaustiva e orquestral, genial!

Ludwig Van, Wolfgang Amadeus.

Ó Taprobana, venha me dar pios salpicados,

Devagarinho.

Um passo no espinho, à esconsa

Respondendo, suspirando, extasiando.

Papéis grosseiros afinar-se-ão às pelicas

Ode à relíquia!

Intróitos, sentimentos redundantes, intensos,

Helicoidais.

E havia bastantes mais, sufrágio.

Vai-te à Passárgada, encontre o rei

Duas delicadas nozes, mascará

No vão dos dentes, ficará

Senão, não serei.

Profira-lhe tuas delícias, tuas dores

Teus pífios amores, incolores.

Perquira bastantes cais, a mais

Nas montanhas e nas Gerais

E tenha tais, as quais nem mais, rejeitam-te

Aceita-te.

Enfeita a lata fosca que cobre a alma

Consuma teus brigadeiros como se raros fossem...

São!

À sombra desta única, cata o chapéu, a túnica

E completa teu passeio no jardim.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/07/2006
Reeditado em 07/09/2007
Código do texto: T193007
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