Se pensas que sabes de mim...
A lei da existência, pingos de água límpida num copo sujo.
Enfrento, mas não fujo.
E da realidade me lambuzo, como um itinerante
Que delira em sonhos.
Quando acho o caminho, destino
Quando perco o caminho, desatino.
Atino, depois de me redimir em suspiros de idéias
como um esterco pulverizado no jardim das azaléias.
Se pensas que sabes de mim...
Pois então, puxe a cadeira e fale de você.
Olhe nos olhos famélicos de si mesmo
e cuspa sua ira no carpete do seu ego.
O teto da consciência perfurado como uma parede
furada a prego.
A lei da existência, pingos de água turva num copo limpo.
Enfrento, mas não no limbo.
E da realidade me induzo, como um conta gotas
Na mão de um dosador.
Quando acho o caminho, percorro
Quando perco o caminho, corro.
Se pensas que sabes de mim...
Olhe adiante, e de hoje em diante
preocupe-se com seu caminho,
e preste atenção em você mesmo
como um garimpeiro que acha um diamante.
...A natureza produz, o ser humano reduz e a mente cria...
cria a personalidade, a formação do carater de um outro ser, do jeito que ela impõe que seja ou queria que fosse...