LIBERDADE DE EXPRESSÃO (?!)

O que se entende por LIBERDADE DE EXPRESSÃO e suas implicações cotidianas ...

Seria cada um dizer o que pensa, sem importar o conteúdo?

O que dizemos teria alguma coisa a ver com o que somos?

Cada pessoa, cada geração, tem responsabilidade sobre a própria comunicação ou devemos esperar que o Governo ou o Poder Legislativo decida por nós?

A comunicação é inerente ao ser humano ou estaríamos equivocados ao entender comunicação apenas como a era da impressa escrita, rádio, teve, Internet, etc?

São questões que, num primeiro momento parecem simples; Mas que, têm uma implicação profunda e, interfere de forma direta e indireta, no estilo de vida de uma geração (entenda-se cada geração, em cada período da história local, regional, universal).

O maior problema (de cada cidadão brasileiro) é que, nos habituamos, ao cultivo da consciência privada da frase do Hino Nacional Brasileiro: Deitado eternamente em berço esplêndido, apenas porque reflete um desejo oportunista do pós–modernismo; Sem sequer conhecer suas implicações históricas...

Numa linguagem mais simples, o compositor do hino e, sua própria geração, entendiam o significado real. Quanto a nós, nos apropriamos da frase ao mesmo tempo em que nos acomodados e, nem ao menos demonstramos preocupações com a herança cultural que estaremos deixando às futuras gerações...

Por isso, queremos tecer algumas considerações sobre essa questão da LIBERDADE DE EXPRESSÃO nas comunicações e suas implicações cotidianas na vida da sociedade.

Em primeiro lugar, entendemos que, liberdade de expressão, não tenha muito a ver com o princípio popular (e populista), segundo o qual, cada um pode (e deve) dizer o que pensa, sem importar o conteúdo da comunicação...

Existe um adágio popular, segundo o qual, o que alguém é, fala tão alto que se torna complicado ouvir o que essa mesma pessoa fala...

Assim, a liberdade de expressão tem a ver com o meu direito constitucional de dizer o que penso, desde que, o que eu pense não se contraponha a algum outro princípio constitucional (cuja contraposição implique prejuízos ao conjunto da sociedade), o que indiretamente terminaria por me prejudicar (também)...

Em segundo lugar, certamente, o que dizemos tem a ver com o que somos... Afinal, antes de serem expressas (verbal ou oralmente), as idéias estão alojadas em nosso interior.

Alguém poderia argumentar que existem os amarelos (entre aspas), os alienados políticos ou seja lá que nome se queira dar; Mas, o que cada cidadão pensa, mesmo quando induzido por outra pessoa, no final das contas influencia na forma de pensar de uma geração.

Quer um exemplo prático???

Fomos uma espécie de anexo da Europa no período colonial, mudamos pra quintal americano (EUA) e estamos (atualmente) meio acomodados sem perceber que precisamos definir uma identidade cultural exclusivamente nossa; não importa o que transpareça...

Afinal, em muitas partes do planeta recebe destaque o futebol brasileiro, ressaltando-se as cores verde–amarela.

O que seria isso senão transmissão cultural, geração após geração???

Em terceiro lugar, certamente, cada pessoa, cada geração (sendo mais específico eu, você, outras pessoas), tem responsabilidade SIM, com a forma como nos comunicamos ou como devemos proceder na manutenção do sistema; ao invés de esperar que o Governo ou o Poder Legislativo, outras instituições decidam por nós...

Em quarto lugar, a comunicação é inerente ao ser humano e, estamos equivocados ao entender a comunicação restrita (apenas) à era da impressa escrita, rádio, teve, Internet, etc?

Finalmente, a partir do momento em que emitimos algum tipo de informação, estamos na realidade (consciente ou inconscientemente), agindo, reagindo ou interagindo com o meio ao qual estamos vinculados...

Observação:

Queremos lembrar que haverá a nível nacional, em Brasília (DF), de 14 a 17/12/2009, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação que tem como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”.

Vale salientar que a conferência acontecerá após as conferências a nível estadual, cujas plenárias definem ou definiram (agora em novembro) as propostas e os delegados que irão participar da conferência nacional. Por menos que pareça aos olhos da população (especialmente de quem vive alienado do processo social), não ter implicações práticas, é um fórum de decisões que faz parte da construção do processo das comunicações através da mídia nesta geração pós–moderna.

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 13/11/2009
Reeditado em 13/11/2009
Código do texto: T1921416
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