Madrugada

Um cão rastejando noite afora.

Um convite para despertar de todo o ostracismo que impõe seus anos de dominação.

Oito horas de libertação e nada mais.

O dia já não faz tanta falta. Junte-se a todos os que vieram antes de nós e ousaram. Simplesmente ousaram.

Faça o quanto puder para fazer novamente. Tudo diferente, diferente de si mesmo...

O que te prende aqui?

Mais uma dose de vodka e dois ou três sorrisos incertos...

Ela já não vale tanto a pena. Somos cinco contra um e nada mais.

A lama cobra seu espaço e não adianta puxar o lençol pra cobrir a cabeça.

Não falo de mim ou você, pobre criaturinha, falo de algo maior: falo de amor!

O gozo de uma noite pesada. Deite-se minha rainha da rua.

Façamos diferente esta noite: hoje serei alguém.

Ah, este sol que não nos poupa...

Mas vencemos outra madrugada.

Alexandre Guimarães
Enviado por Alexandre Guimarães em 13/11/2009
Código do texto: T1921285
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