Artilheiro da vida

No dia de jogo de futebol,

Brusco e sem sol.

Busca a paz,

E, encontra a dor,

Falta-lhe seu amor.

Seu filho foi ao campo,

E depois à campa.

Meus pêsames,

Cara madama.

Não se joga mais como antigamente,

Muita crença, muita gente que mente.

O nosso glorioso esporte,

Tornou-se lamento e morte.

Não se respeita mais a vida,

Que se vê sempre atingida

No centro da própria sorte.

Pela ignorância da intolerância.

É, o dinheiro dos cartolas

Advindo do povo que, esmola.

O jogo não pode parar,

Assim como não se pára a guerra.

O “show” há de continuar.

Estertor, morte e ânsia,

É o homem em sua infância,

Querendo ser juvenil.

Futebol, bingos, e loterias

Acabando com o nosso Brasil.

Não vou citar Bancos e banqueiros,

Não quero ser encrenqueiro,

Nem me encrencar por inteiro...

Quanta terra a cultivar,

Um mundo para tratar.

Porém, o perdulário,

Não passa de um otário,

Não pára para pensar.

Com ideal infantil,

Só pensa em gastar

Aquilo que adquiriu

Ou, recebeu por herança.

Escusa, malsã e vil.

E por falar em malsã,

Tal qual a maçã

Que Eva deu a Adão

E, entre si repartiu.

Esta é a semente

Doada pela serpente,

Até aprender a ser gente.

Só o bem desata esta corrente

Qual agrilhoa o nosso Brasil.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 12/11/2009
Código do texto: T1918857
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