Artilheiro da vida
No dia de jogo de futebol,
Brusco e sem sol.
Busca a paz,
E, encontra a dor,
Falta-lhe seu amor.
Seu filho foi ao campo,
E depois à campa.
Meus pêsames,
Cara madama.
Não se joga mais como antigamente,
Muita crença, muita gente que mente.
O nosso glorioso esporte,
Tornou-se lamento e morte.
Não se respeita mais a vida,
Que se vê sempre atingida
No centro da própria sorte.
Pela ignorância da intolerância.
É, o dinheiro dos cartolas
Advindo do povo que, esmola.
O jogo não pode parar,
Assim como não se pára a guerra.
O “show” há de continuar.
Estertor, morte e ânsia,
É o homem em sua infância,
Querendo ser juvenil.
Futebol, bingos, e loterias
Acabando com o nosso Brasil.
Não vou citar Bancos e banqueiros,
Não quero ser encrenqueiro,
Nem me encrencar por inteiro...
Quanta terra a cultivar,
Um mundo para tratar.
Porém, o perdulário,
Não passa de um otário,
Não pára para pensar.
Com ideal infantil,
Só pensa em gastar
Aquilo que adquiriu
Ou, recebeu por herança.
Escusa, malsã e vil.
E por falar em malsã,
Tal qual a maçã
Que Eva deu a Adão
E, entre si repartiu.
Esta é a semente
Doada pela serpente,
Até aprender a ser gente.
Só o bem desata esta corrente
Qual agrilhoa o nosso Brasil.