Guardo-o comigo
Num pedestal para congelar as linhas fascinantes em minha memória, não em gelo, em diamante que não rompe com as intempéries e as deformações do tempo. Se for uma máquina, em brilho confirma, um disco rígido guarda no topo deste conjunto de engrenagens. Esconde a verdade que os outros, aqueles que rangem por tamanha rotina, que vagam meio estruturas colossais de alvenaria ignoram.
Não há graxa ou óleo que os faça voltar, mas tentam esconder o barulho. O segredo, que está há dois passos silenciosos para dentro, não conseguem alcançar, nunca o externo foi tão forte. O segredo revela o que há de mais puro, o que ainda me faz errar quando digo que são máquinas. Talvez não erre, quando o destino comprovar que o presente fortalece o externo e enfraquece o interno, não obstante quebra a relação entre eles.
Temo que parem de tentar esconder o rangido porque ainda não me decidi entre a doce ilusão e a realidade. Não é egoísmo, mas não vejo distante que se conforme com isso, apesar de que já descobri que máquinas não sentem gostos nem cheiros
Máquinas são mais harmônicas e evoluem mais rápido do que os segredos. Elas cooperam, eles competem, mas números ainda vencem qualquer tentativa de crescimento interno. Num futuro próximo, não terá tantos lados para se analisar, chega-se a conclusão, antes fosse um sistema do que esta grande fábrica.