Algemas
Me sinto algemado pelos laços da tristeza,
pudera alguém ver-me a alma, e esta
se assustaria ao ver a lama que se instala
Sou presa fácil para predadores, sem forças
Me sinto algemado pelos laços da tristeza,
pudera alguém ver-me a alma, e esta
se assustaria ao ver a lama que se instala
Sou presa fácil para predadores, sem forças
para seguir, sem condições de encontrar saídas,
sem perspectivas do amanha
Qual redoma foi criada? Que cordão eu não cortei?
Medo, solidão, talvez! Transformar-me ia senão
em nada, nada é o que espero.
Outrora a passos largos decididos, cabeça erguida,
peito inflado, paixão pela vida
Hoje, algemas, tristezas, culpas
Depois de perdas e danos, algo lindo vislumbrei,
dois pares de olhos negros, que um dia abandonei
Esse brilho ofuscante me guiou por instante
Até a fresta da loucura, onde estava a lucidez
Elas são tudo que tenho e não as quero perder
Foi nela, a lucidez, que com força me agarrei
Com a luz daqueles olhos, um atalho eu encontrei
fiz o caminho de volta, na mala as poucas roupas,
mas na mente a esperança de parar com essas andanças
Despir-me da arrogância, refugiar-me em seus abraços
Sentir-me também amado, meu coração abrandar
O silêncio não é o que cala, mas sim o que silencia
Pra finalmente dizer! Isto sim se chama paz.
Obs: Prosa poética, colhida de relatos de alguém muito especial.
sem perspectivas do amanha
Qual redoma foi criada? Que cordão eu não cortei?
Medo, solidão, talvez! Transformar-me ia senão
em nada, nada é o que espero.
Outrora a passos largos decididos, cabeça erguida,
peito inflado, paixão pela vida
Hoje, algemas, tristezas, culpas
Depois de perdas e danos, algo lindo vislumbrei,
dois pares de olhos negros, que um dia abandonei
Esse brilho ofuscante me guiou por instante
Até a fresta da loucura, onde estava a lucidez
Elas são tudo que tenho e não as quero perder
Foi nela, a lucidez, que com força me agarrei
Com a luz daqueles olhos, um atalho eu encontrei
fiz o caminho de volta, na mala as poucas roupas,
mas na mente a esperança de parar com essas andanças
Despir-me da arrogância, refugiar-me em seus abraços
Sentir-me também amado, meu coração abrandar
O silêncio não é o que cala, mas sim o que silencia
Pra finalmente dizer! Isto sim se chama paz.
Obs: Prosa poética, colhida de relatos de alguém muito especial.