Realismo vital

O amor-paixão é muito bom, enquanto dura.

Porém, o amor fraternal, trata-se de vida pura.

Você pode achar que amar seja segurança.

Ou, por obrigação, apenas fazer uma aliança.

Tudo é valido, se você não machuca o seu companheiro.

Nem sofre por interesse, ou amor ao seu dinheiro.

Seus atos devem ser equilibrados e bem apurados.

Ponha as cartas "sobremesa", sem estragar o carteado.

A realidade da vida é matar a ilusão,

E, nunca confundir amor com paixão.

A beleza da formosura, um dia se acaba.

Então terá tudo, ou não terá nada.

Sua cabeça vai criar novas realidades,

Ou mais mentiras, e mais ilusões.

Provecto, não vai querer mocidade.

Nem poderá sufragar corações.

Sinta o amor pelo seu irmão-companheiro.

Pode findar tudo, mas não finda a lida.

Prepare-se para trabalhar, por inteiro.

No universo, há muito serviço de vida.

Mais vida, rapaziada,

na estrada da vida,

somente risada,

alegria, entusiasmo,

pois, nada se acaba.

Estou escrevendo,

e antevendo,

a felicidade

posto que a ilusão

também inexista

do outro lado da vida.

Ao tempo nada resiste

só a sua alma é desfraldada

no espaço, no vácuo

onde mora a eternidade...

Sinto-me pássaro.

Sinto-me o ar.

Sou o próprio aço.

Uma ave a voar.

Sinto muito, Ave Maria...

Como minha mãe me dizia:

Pra você; haja espaço...

Voar, voar, pelo ar do sertão,

Um dia pensei que, até fosse avião.

Estou atrás de um ninho,

Já me sinto um passarinho,

Porém, voando rasante

Com meu peito de cantar

Rojante ao rés do chão

Apenas a cochichar

O trinado da ilusão.

Agora sou estrela,

Feminina Estela

A cantar o amor

Sou até o luar...

O luar, a estrela estelar.

O planeta, o amor, este lar.

Carcomido, estragado.

Eco ecoando ao sistema:

Pare de me matar.

Morrerá ao meu lado

Posto que na vida fosse assaz,

Então vamos viver, todos em paz!

Somente tem um, porém,

Como poeta, que a mim me fizeram,

Não devo levar nota zero,

Pois, vou muito além;

Vou longe deste lugar.

Não posso deixar de sonhar.

E, “se navegar é preciso”

Como bem disse o Pessoa,

Eu fico rindo à toa,

Pois, só preciso voar.

Às vezes o meu amado leitor

Critica-me, até com valor,

No elã de me prestar um favor,

Por não textualizar com clareza.

Pois, ao pensar escrever com rigor

Sou tomado de um velho torpor

Amigo do acanhado palor

Impondo-me pálida cor.

Só quero que você me entenda;

Você é a minha prenda,

Caro e querido leitor...

Sou um menino na eternidade,

Estou ainda aprendendo.

E, com muita felicidade

Amando-o com muito fervor.

Melhor do que você, leitor-poeta,

Somente este grande atleta,

Que ao atingir a sua meta,

Dá-se ao nome de AMOR!

jbcampos
Enviado por jbcampos em 11/11/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1917156
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