Um sompro de melancolia
O ar que vem do oeste me faz melhor, sento à beira do penhasco. Neste lugar remoto, a solidão eminente faz crescer minha ansiedade impassível.
O cheiro da montanha já não é o mesmo. Meu antigo cenário de euforia não será alegre , nem no mais bonito pôr do sol à beira mar.
Sobrou dela uma marca moldada em desejo no meu coração, a nostalgia fere, fere... Vem como onda que arrebenta as rochas do meu penhasco.
O ar que vem do leste faz escorrer em minha face, por debaixo dos meus séculos, lágrimas que esculpiram minha vida com ondas de uma memória infinita.
Lágrimas eternas que se somaram construindo meu fim dos dias e das noites. Construindo nosso reencontro na eternidade.