VIDA-POESIA = SONHO
Não parece um sonho?
De onde viemos e para onde vamos?
Num desmesurado universo vivemos!
Portanto, somos partícipes do cosmo.
Somos deuses.
Infinitos-risonhos,
Aonde aparecemos.
Viandantes do sono.
Não pasme, apenas caminhe.
Vivendo em universos,
Imagine quanto espaço,
No espaço cósmico.
Parece cômico,
Esteve sonado
Como todos nós, inconsciente.
Sonado de sono.
Olhar opaco,
Nublado no espaço.
Para não dizer: obnubilado,
Apesar de supimpa
Que termo obtuso.
Espero que não o sinta
Como mero abuso.
Voltando-se a si,
No seu interior caminhe
A eternidade é sempre sem fim...
Eu, volto a mim à intruso...
Sua vida interior é tão espaçosa.
Maior que o universo exterior.
Sua mente é grandiosa,
Cabendo apenas na sua cabeça.
Ao colocá-la para fora,
Não haverá espaço nos demais universos
Ela somente tem espaço em dois espaços:
Na sua cabeça e nestes modestos versos.
Portanto, sempre a obedeça.
Da vida, apenas aprendemos,
Mas, quando soubermos muito.
Veremos o quanto ainda somos ignorantes.
A brisa balança o nosso leve pensar.
Somos levados aos enlevos da vida.
É estonteante pensar no hoje,
Amanhã e no ontem.
Vamos avante,
Avante, aprendamos a mentalizar.
Pensemos na dor,
E também na flor.
Torpor de miséria,
Assolando irmãos.
Flores debaixo de pontes,
Famélicos e sequiosos por não terem mais.
Outras flores com tantos,
Agindo como animais.
Animais também são flores,
Formamos florais,
No jardim da mãe natureza,
Sempre tem mais.
Abdiquemo-nos de pouco,
Criemos totais.
Veremos flores viçosas
Sem pontes, nos jardins dos quintais.
Vida-poesia,
Também hipocrisia.
Que pena,
Alguns magistrados com suas penas,
Jamais tiveram pena,
Com heresia agem apenas
Apenando mortais.
Sem sentimentos, pois, a lei e fria demais.
Somos mortais, mas os intelectuais em maioria
Não se arrepiam em ler seus jornais.
Pseudoimportantes, morrendo aos montes,
Mesmo assim, não enxergam.
Cegos demais.
Vendados e vendidos,
Se acham majestáticos,
Coitados, seus dias contados,
Cambaios nos raios, jograis.
Sucumbem aos montes nos universos
E nestes versos, pobres ancestrais,
Passando, passando, não veem jamais.
A "eterna" idade passa.
Eles não sabem, dragando inocentes.
Proeminentes se acham,
Tripudiam os humildes,
Porém, se fora possível,
Espezinhariam a massa.
Parece incrível,
Mas é assim que se passa.
Escarnecem o irmão,
Primogênito ou não,
Não têm educação.
Assim são os homens em suas vaidades.
Escória execrável eles são!
Chegou o seu dia e nada os alivia,
Putrefatos, não param em pé.
É a vida, é a morte,
Cobrando-lhes a sorte,
Criada por eles em seus próprios dias.
Apregoando algum tipo de fé.
O que posso fazer,
Se homem também devo ser.
Farinha da mesma saca
Respirando da mesma fumaça
Com o mesmo pulmão.
Somos todos irmãos...
Para você não pensar
Que estou sendo sarcástico,
Posso até rezar
Para ser mais elástico.
Então vamos lá
Mais poetizar,
Pra longe do azar...
E sem reclamar:
Que mundo fantástico!
Está é mais uma universidade universal dos universos.
Desculpe pelos meus malversados versos.