MONOTONIA

São 18 h de uma terça-feira um tanto fria. O vento a pouco cessou e o sol já se despede preguiçoso, como o é sempre no inverno. Da janela posso ver o verde que circunda a cidade, que mais parece um agrupamento de casas perdido entre os morros. O silêncio, por um breve instante, é quebrado por um grupo de trabalhadores que retornam às casas.. O ar exala pureza _ a poluição e o progresso não chegaram ainda. O sino badala na igrejinha encravada na ladeira. As beatas vão à missa...

A monotonia me deixa inquieta, pelo fato de nada poder fazer para mudá-la. Só me resta pensar... e a vantagem do pensamento é encurtar as distâncias. Não preciso escalar os morros, não necessito percorrer as estradas poeirentas. É só deixar o pensamento correr e num instante me sinto ao teu lado. Estou te vendo!

Giustina
Enviado por Giustina em 08/11/2009
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T1912469
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