Noites Macias

Desnudo o seio noturno

O decote insinua ensejo

Casto o lastro e parvo

Imaculado refém, ousadia.

Urra através das matas

Estimula, mas não janta

Pelos pêlos, o querer encarna

A fundo, abranda o poluto.

Intercede à imagem do cio

Desfalecida, feroz

Senão da imperícia, o zero habita

Das canduras fervilham desejos.

Cobre o alvo corpo

Com o garrido pó da luxúria

Agarra o salto em deslize

Acresça ao frívolo, o gozo.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 10/07/2006
Código do texto: T191221
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