TEMPO DE IMAGINAÇÃO

Eu preparo nas tímidas linhas que escrevo meu tempo de imaginação, minha criação quase inconsciente, meus instintos prevalecendo sobre a razão. Em muitos dos meus sonhos eu quase imploro, declamando eu peço: sirvam-se, se estiver a gosto, pois é o que eu penso. São vossas verdades sim, agora que as libertei, muito mais do que minhas, são vossos amores, vossas paixões, eu sou mero transporte, assas incentivador. Não me vejam como senhor das verdades, apenas crio uma imagem que coincidentemente faz-se real em vossas casas, não me culpem, não me busquem, não me casem, decididamente não sou nada além do escrito. Tantas são as palavras repetidas, tantos versos iguais, mas vossos olhos diferenciam o que vossos corações pedem, sorriam da dor que tentei passar, porque eles, vossos corações, imaginam essa dor como sendo apenas um grito de amor que eu quis lhe dar. Tento apenas ser poeta soltando poemas que singram o mundo sem destinatário certo. Sou tão ou mais leitor que os olhos que se prendem aos meus textos.


Ps. Mais uma vez estou imaginando um pensamento alheio.
Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 09/07/2006
Código do texto: T190860