Desabafo sobre a existência
O ser humano é algo complexo de se entender e isso o faz englobar-se de especificidades inúmeras, únicas e compreensíveis. Nem sempre se está satisfeito com o que se tem, se faz, se quer, planeja, pressupõe ou se quer viver. Isso não é inventado, é algo que acontece e poucos demonstram, uns com mais outros com menos intensidade. Viver é muito mais do que se vive, às vezes é bom pensar até que ponto consegue-se viver apenas por metas e não por ideais, é difícil e é um caminho árduo repleto de dor. Mas o que na verdade é dor ou sofrimento, e até que ponto a alegria é melhor que a dor, já que é com a dor que se aprende a viver melhor e sofre-se desejando a felicidade! Será que a felicidade é imortal? Será que em algum momento ninguém estafa-se com a felicidade que é muito mais aparente do que real. Ninguém é feliz cem por cento, creio que muitas vezes forja-se isso para criar na mente a sensação de que “ò é besteira essas coisas de ficar se lamentando ou fazendo drama”, o pior que não é! Concordo com aqueles que preferem fingir que tudo esta bom e maravilhoso e que isso é a constante que deve reger nosso atos. Quem já parou para pensar sobre o inconsciente? Saibam que sua relevância é imensa em nossas vidas, tudo aquilo que desejamos (e olhe que são desejos viu!) e que muitas vezes parece besteira, inalcançável, ou achamos que ainda não é tempo de colocá-los em prática, alojamos todos eles no nosso inconsciente, pura falta de percepção do que nos é bom. Feliz daquele que ouve o coração e o instinto em suas mesclagens harmônicas voltadas para o que o inconsciente diz. O que é satisfação? É somente fazer algo que lhe faz bem e lhe dá conforto? E sentir-se bem com a vida e saber que pode melhorar e que vc tem parcela forte de contribuição nisso? São possibilidades. O que seria da vida sem possibilidades que norteiem as condutas cotidianas. O que são ideais? É criar na mente algo a ser buscado e enfrentar todo tipo de situação para alcançá-los? E o que acontece quando satisfaze-se e sacia-se com aquilo que achávamos que iria ‘ser assim’ e não foi, ou seja, não aconteceu como tanto desejou-se, aí fala-se com sigo mesmo “porra o que fiz para merecer isso, mas não fiz tudo como queria ou deveria ser?” pois é nestes momentos caímos na real que o que se almeja é apenas almejado para ser almejado sempre, o ser humano está longe de Ser uma constante ou algo pronto e apto a ser decifrado, isso possibilita incompreender certas pessoas, suas falas, atitudes, projetos de vida e formas de expressão, talvez essa reflexão possa ser feita por qualquer pessoa, mas acho que nunca será com tanta sinceridade e naturalidade como a que estou empreendendo agora. Bobagem? Idiotice? Falta de maturidade? De maneira alguma tais ditos irão perpassar por esses vieses, tal afirmação é embasada em experiências de vida e ações colocada em prática e também mediante as observações que deve-se fazer em todas as situações que nos envolvemos. Sentimo-nos insatisfeitos em certos momentos da nossa vida com tudo que fazemos (estudos, trabalho, e em ultima instancia a vida) esta deixemos um pouco de lado e não a coloquemos a prova assim sem mais nem por que! Mas a soma de suas partes devemos questionar e ressignificar sempre. Ninguém pede para ser entendido, apenas vive-se como acha-se que é viver seguindo fazendo aquilo que lhe satisfaça, seja o que for (peculiaridades concernentes a cada um), principalmente quando nos recolhemos em nosso recanto do prazer onde só nos conhecemos e sabemos onde é, onde os pensamentos fluem e nada os atrapalha ou irá dizer que eles são idiotas. Pois é, isso é a vida em suas entrelinhas, acho que ser pessimista é bom sim, pois, dificilmente aqueles que dizem ser otimistas iriam se expressar com tal profundeza, de fato que é uma reflexão pessoal e que vai atingir a todos que leiam-na, não é questão de certeza é que quando visualizamos algo que procuramos esconder sempre e que achamos inútil ou irrelevante damos sim atenção e pensamos melhor nossas atitudes quanto a nossa existência! Desistir por pouca coisa é inconcebível! Mas o que é pouca coisa? Que irá determinar o que é certo ou errado? Ou que caminhos devemos seguir? Difícil não é? Escrever isso não é difícil, é só expressão individual que na verdade não ira possibilitar a ninguém me entender ou se auto-entender, isso vai depender do humor momentâneo de cada um, pois, cada leitura dirá uma face do que ainda não foi explicitado.