[Amor Sem Garantias]

“... and no questions asked!”

Quero quem me queira

[só por um instante]

e não queira saber

por que me quer!

Todos os por quês

são fatais, mortais;

todos os por quês

não carecem resposta;

todos os por quês

não gostam da luz!

Assim, quero quem me queira,

com o gosto da morte

que trago nos lábios,

e com toda a loucura

de uma noite de amor,

ante a fuga do amanhã!

Quero quem me queira,

sem amanhã,

sem escrituras,

sem garantias,

sem por quês!

Apenas me ame...

“and no questions asked!”

[Penas do Desterro, 26 de abril de 2006]

Caderninho das Cidades Mortas, p. 42

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 04/11/2009
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T1904448
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