[Amor Sem Garantias]
“... and no questions asked!”
Quero quem me queira
[só por um instante]
e não queira saber
por que me quer!
Todos os por quês
são fatais, mortais;
todos os por quês
não carecem resposta;
todos os por quês
não gostam da luz!
Assim, quero quem me queira,
com o gosto da morte
que trago nos lábios,
e com toda a loucura
de uma noite de amor,
ante a fuga do amanhã!
Quero quem me queira,
sem amanhã,
sem escrituras,
sem garantias,
sem por quês!
Apenas me ame...
“and no questions asked!”
[Penas do Desterro, 26 de abril de 2006]
Caderninho das Cidades Mortas, p. 42