Lentamente pela trilha onde gosta de caminhar,em meio às muitas plantas e perfumes primaveris,ela segue com passos firmes,apenas observando a manhã radiante de primavera.Aproveita o instante de solidão para meditar e agradecer ao Criador por mais este dia em que pode vislumbrar a natureza e sentir o ar puro do campo .Neste caminhar de solidão e encontro com a alma pode-se fazer um balancete da vida,filosofando "sobre" e com ela...falar em murmúrios com a natureza ouvindo-lhe os sons muitas vezes inaudíveis a quem não presta atenção.
Vai assim em paz , perguntando ao vento que passa porque a vida em todos os lugares não pode ter essa beleza,porque a calma não atinge quem dela precise ou então porque os homens não buscam ver o que há de melhor nas coisas,mesmo as mais simples,esquecendo-se um pouco dessa correria e falta de amor entre si .Não encontra óbviamente uma resposta .O vento que há pouco afagou-lhe os cabelos,foi visitar outras plagas e não a ouviu.Talvez a tenha chamado de boba,por sempre falar com êle as mesmas coisas questionando a vida e seus porques.
Porém ela é assim e não mudará jamais,foi criada em meio à natureza e aprendeu desde cedo a confabular com ela,sem receio de interagir,gosta de borboletas,libélulas,pássaros,chuva,vento,cheiro de mato molhado,animais,rios e lagos..enfim tudo o que a rodeia no mundo natural .


                           Pedindo ao vento que volte
                           para lhe fazer companhia
                           vai seguindo pela manhã
                           cantarolando a sua melodia

                           Luzindo em suaves dourados
                           o astro rei também a aquece
                           eis que volta o vento em sussurros
                           caminham agora juntos entoando uma 
                           prece...

02/11/09        **Marilda**  (lavienrose)

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 02/11/2009
Código do texto: T1900435
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