Passagem...

Pra que colapsar a roda da vida?

Saber se tenho medo da queda?

Duma sombra, dum dedal...

Do senhor e seu serviçal?

Lidere-me com o toque frio de teus olhos!

Mas, infelizmente, continuo vivo...

Um vazio sem nome ganha vida e,

Eu morro um pouco mais.

Que arcanjo é esse que cavalga os céus de maio,

Semeando campos vermelhos?

"E morro um pouco mais."

Minhas lembranças esfumaçam,

Os medos entronados se curvam.

Sou jogado para além, para lá...

Numa Antropomorfia inanimada

Onde não se morre mais...