Reminiscências

Um vislumbre arquivado

E a vida ganha cores eternas

Os choros apadrinham a solidão

E com ela, caminham.

Rosas túrgidas, sem acúleos

Esmerilam as fagulhas

Obra prima dum passado

Assumido e ocultado

Que por hora se exige... E aflora.

Acudido por lembranças, lança os rastros

No tempo em chamas

Grande infinito de ruas e incógnitas

Estouram contraditórias às extremas infames

E jaz a morte e enfermidades vingativas

Com dose de alívio pelas passagens por

Vividas.

Um quarto escuro e um silêncio profundo

Encerram lágrimas de um dito profuso

Gritos são dados, fantasmas criados

E novatos deuses ali exacerbados

Contam histórias em punho próprio

De efêmeros passados.

Aqui, ali ou em qualquer espécie de

Logradouro régio,

Estar só, é realizar-se ao extremo

É interferir nas ondas do

Desconhecido e oferecer ao mundo

Correntes inusitadas de serena ilusão.

Reduzir as mágoas que encarquilham o cotidiano

E usufruir dum regozijo, em esplendor.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/07/2006
Código do texto: T189566
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