Reminiscências
Um vislumbre arquivado
E a vida ganha cores eternas
Os choros apadrinham a solidão
E com ela, caminham.
Rosas túrgidas, sem acúleos
Esmerilam as fagulhas
Obra prima dum passado
Assumido e ocultado
Que por hora se exige... E aflora.
Acudido por lembranças, lança os rastros
No tempo em chamas
Grande infinito de ruas e incógnitas
Estouram contraditórias às extremas infames
E jaz a morte e enfermidades vingativas
Com dose de alívio pelas passagens por
Vividas.
Um quarto escuro e um silêncio profundo
Encerram lágrimas de um dito profuso
Gritos são dados, fantasmas criados
E novatos deuses ali exacerbados
Contam histórias em punho próprio
De efêmeros passados.
Aqui, ali ou em qualquer espécie de
Logradouro régio,
Estar só, é realizar-se ao extremo
É interferir nas ondas do
Desconhecido e oferecer ao mundo
Correntes inusitadas de serena ilusão.
Reduzir as mágoas que encarquilham o cotidiano
E usufruir dum regozijo, em esplendor.