ANOITECER
Dai-me a paz dos candeeiros!
As folhas caem sobre o chão do anoitecer
e as revoadas espalham sobre meus sentidos
os perfumes dos horizontes.
Os caminhos se entregam aos olhos
e ao suor do rosto
quando os passos ecoam pelos degraus
do coração que quer ascender.
Um silêncio azul pelas vidraças
denuncia os olhos cerrados do mundo.
E a paz dos candeeiros
escreve sua história na toalha branca,
nas paredes, nos espelhos
onde o sonho vai viver
sua eternidade.
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