ANOITECER

Dai-me a paz dos candeeiros!

As folhas caem sobre o chão do anoitecer

e as revoadas espalham sobre meus sentidos

os perfumes dos horizontes.

Os caminhos se entregam aos olhos

e ao suor do rosto

quando os passos ecoam pelos degraus

do coração que quer ascender.

Um silêncio azul pelas vidraças

denuncia os olhos cerrados do mundo.

E a paz dos candeeiros

escreve sua história na toalha branca,

nas paredes, nos espelhos

onde o sonho vai viver

sua eternidade.

(Direitos autorais reservados)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 28/10/2009
Reeditado em 11/04/2010
Código do texto: T1892328
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