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NOITE FRIA DO ADEUS...


A cama pareceu-me mais larga, havia tanto espaço nela. Eu não te achei entre meu corpo, nem sob meu macio cobertor, ergui-o levemente, mas tu não estavas lá... Encontrei tua presença bem viva dentro do meu pensamento. E essa tua lembrança fez aumentar o vazio do quarto.

O frio deixa tudo exagerado mesmo. A ausência, a distância, a saudade, as horas que teimam em não passar. À medida que o tempo se vai, um pouco de ti ele me leva. Mas o frio do adeus insiste em me torturar! Essa frieza que não acaba fazendo crescer, a vontade de tê-lo outra vez para aquecer os meus dias.

Por que não ser transitória essa tua falta que faz minha cama ficar tão grande e este amor que de teimoso permanece me ferindo e fazendo o peito acelerar? Coisa chata é amar!

Horas! Ordeno que partam de uma vez, acelerem o tempo para que do meu amado eu me esqueça! Junto levem daqui todas as boas lembranças, retirem da minha mente esta saudade que fere meus dias e me tragam o Sol para aquecer a alma que há dias se resfria.

Daqui para frente quero apagar o que vivi, só mesmo Deus sabe o quanto sofri. De hoje em diante terei simplesmente bons momentos! Leva, Universo, envia a outra dimensão tudo o que trago em mim desse amor que imaginei ser imenso...