São tantas as nuanças
O tempo se avança
O velho volta à criança.
É a vida e suas nuanças.
O mancebo se amanceba.
Carnes e mais sebos.
É a vida e suas nuanças,
E no mundo mais crianças.
E o sexo mais se amansa.
O tempo mais se avança.
Nada contém a natureza.
Beleza é posta à mesa.
E lá vêm mais crianças...
É a vida e suas nuanças.
Quantos milhões de vidas
Nesta vida são inseridas...
É a peste empedernida.
O que será dessas crianças?
É o resgate adquirido.
É o engate dessa existência.
Algo mal resolvido.
Por que de tanta insistência?
É a vida e suas nuanças.
E parece não ter clemência
À demência da população.
Já foi muito insistido:
Pare Maria, pare José, pare João.
Nessa destemperança
Assistindo cada nação,
É a vida e suas nuanças.
A estupidez causada de uma só vez,
É só mais essa vez, será sem gravidez...
E, chegam milhões de crianças.
É a vida e suas nuanças...
A endossar essa insensatez.
Não se come para viver,
E sim vive para comer.
É a vida e suas nuanças.
Eis o pensamento contrário
De milhões de otários.
Deixando amargas lembranças
E no mundo mais crianças.
É a vida e suas nuanças...
Quando vamos parar com isso
Meus irmãos?