São tantas as nuanças

O tempo se avança

O velho volta à criança.

É a vida e suas nuanças.

O mancebo se amanceba.

Carnes e mais sebos.

É a vida e suas nuanças,

E no mundo mais crianças.

E o sexo mais se amansa.

O tempo mais se avança.

Nada contém a natureza.

Beleza é posta à mesa.

E lá vêm mais crianças...

É a vida e suas nuanças.

Quantos milhões de vidas

Nesta vida são inseridas...

É a peste empedernida.

O que será dessas crianças?

É o resgate adquirido.

É o engate dessa existência.

Algo mal resolvido.

Por que de tanta insistência?

É a vida e suas nuanças.

E parece não ter clemência

À demência da população.

Já foi muito insistido:

Pare Maria, pare José, pare João.

Nessa destemperança

Assistindo cada nação,

É a vida e suas nuanças.

A estupidez causada de uma só vez,

É só mais essa vez, será sem gravidez...

E, chegam milhões de crianças.

É a vida e suas nuanças...

A endossar essa insensatez.

Não se come para viver,

E sim vive para comer.

É a vida e suas nuanças.

Eis o pensamento contrário

De milhões de otários.

Deixando amargas lembranças

E no mundo mais crianças.

É a vida e suas nuanças...

Quando vamos parar com isso

Meus irmãos?

jbcampos
Enviado por jbcampos em 26/10/2009
Código do texto: T1888654
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