Dimmi quali scuse inventerai?
(Diga-me, quais desculpas você inventará?)
Logo, quando os raios do viver, que te dispersam,
Hão-de cessar, e dar lugar a noite, tão mais longa, enfinda...
Diga-me, quais desculpas você inventará?
Ora, que teu sorriso inquieto, calar-se mediante o teu pranto
Há-de guardar nossos momentos em tuas gavetas do esquecimento?
Trancá-las, fazer o possível para perder as chaves, e lá nunca mais
Tornar, somente para que não doa, para que não se veja.
Diga-me, quais desculpas você inventará?
Onde colocará o que chamas de amor?
Onde há-de esconder o que chamas de verdade?
Nada importa, não me tenhas como quem suplica,
Tão pouco quem espera de ti alguma resposta.
Se bem sabes ocultar a tua dor e sorrir, que o faça.
Lembra-te somente, que um dia há-de encontrar
Tudo que um dia rejeitaste como não sendo teu(nosso),
E assim, dado a solidão que assola, a verdade que peleja,
Diga-me, quais desculpas você inventará?