Os Fantasmas do Aquém!

Quantos sou dentro de mim?

Quanto de mim sou eu?

Aviltado pelo prazer

do momento... cego...

louco... desatento...

É-se eu... o meu desejo

que considero...

do que quero,

de que não faço... (almejo),

pois nunca o espero.

Esse dentro de mim

espaçasse sobre lacunas,

aliasse a outros “eus”

os quais se rebelam contra a razão

de apoiar-se na espera do ideal,

e todos confrontam-se entre si,

fragmentam-se, juntam-se,

e eu, esse que penso quem sou,

mantém-se ocupado num sorriso sincero

tendo o domínio sobre os seus fantasmas.