DO OUTRO LADO DA PORTA
Talvez se apagassem a vela a luz da lua iluminasse mais o seu destino. Quem ousou chorar na capela protestou mais por si próprio que pela dor de um foragido. Tão harmoniosa viagem, tanta estrada ainda a ser percorrida em busca da eternidade e alguns lamentos tristes não consagram esse momento lírico de natureza morta. Ante ao altar imóvel sua ultima homenagem, um corpo de lembrança e uma vida de poesia como herança ao mundo que viveu. Pobre de regalias, sem o poder dos grandes dotes, deixou milionário seu herdeiro. Filho da noite, agora órfão de pai, olhos infantis de um jovem solitário, que terá que percorrer nas linhas do poema um rumo que outrora o poeta cansou de perseguir.
Talvez se apagassem a vela a luz da lua iluminasse mais o seu destino. Quem ousou chorar na capela protestou mais por si próprio que pela dor de um foragido. Tão harmoniosa viagem, tanta estrada ainda a ser percorrida em busca da eternidade e alguns lamentos tristes não consagram esse momento lírico de natureza morta. Ante ao altar imóvel sua ultima homenagem, um corpo de lembrança e uma vida de poesia como herança ao mundo que viveu. Pobre de regalias, sem o poder dos grandes dotes, deixou milionário seu herdeiro. Filho da noite, agora órfão de pai, olhos infantis de um jovem solitário, que terá que percorrer nas linhas do poema um rumo que outrora o poeta cansou de perseguir.