Sem tíluto
Sei que sou muito mais que um sorriso ingênuo ou alguém que precisa mostrar responsabilidade e fibra todos os dias para ter a chance de caminhar com suas próprias pernas.
Continuo sim, sendo a mesma criança de sempre, o mesmo menino que sente medo de se sentir sozinho, mas não duvide da sua capacidade de sair ileso, mais forte que antes, de ter aprendido por si só os tropeços da Vida. Não se engane que ele ainda se engana com atitudes projetadas ou textos com “terceiras intenções”, ele apenas age esperando a reciprocidade dos atos daqueles à sua volta, ele espera, mas não fica no mesmo lugar apenas esperando, ele somente fica o tempo necessário para mostrar que ele esteve ali.
Mas não só de fraquezas vive o homem, pois ele ainda espera um futuro pródigo, ainda espera que um alguém especial queira compartilhar nos degraus que ele constrói. Ele ainda espera que seu passado seja decifrado, suas palavras demasiadamente compreendidas, seus desejos mais profundos realizados. Ele espera, numa retornável paciência, o completo Amor e talvez essa seria a maior das fraquezas do homem.
Ele que tem seu jeito errante, seus sonhos errantes, seu amor errante, mas isso é seu melhor, pois sabe o quão fútil é a perfeição! Ele que sabe o peso das palavras, pois já as ouviu em muitas faces, conhece a reação de um mau julgamento, que quase sempre se duplica quando não é com nós mesmos.
Um homem que vive numa criança, ou apenas uma criança que sobrevive no mundo dos homens, aquele que sabe que por mil passos que ele dê, ainda dará mais outros mil passos, já aprendeu que por pior o caminho não existe precipícios, por mais dolorosa que sejam as quedas, pois de precipícios não se pode continuar a caminhar. Então ele continua caminhando, sonhando enfim chegar bem mais a frente e jamais parar, e se alguém ousar questionar seus caminhos, logo saberá seu maior motivo: ele AMA!