pintura/AÍDA EMART
PLANETAS DE 'GUDE'/NO JARDIM DE SOFIA (zocha)
Dá-me a tua palavra de cheiro e saberei reconhecer
o sabor da florada de tua alma....
Carrego o tempo no carroção da longa estrada
encontro vespas disfarçadas
mas as colméias me enlevam
não aprendi ainda a distinguir as heras/eras
e chutando as pedras do mundo
lá vem ele/ rolando o tempo
de franjinha encaracolada Curumim
aparada pela tesoura de podas da mãe
de pulôver de tricot azul de ponto meia
de calça xadrez de algodão
e quantas vezes de barriga de fora
quase pelado
E olha a rua como a lua cresceu de repente
de ladeira barrenta a Goiás virou ardilosa serpente
que o velho crente Emídio expulsava o satanás todos os dias
Mas haviam anjos pelos caminhos jogando
Bolinhas de “gude” (búrico)
e rolando com os planetas do mundo
juro que sempre os encontrei
e eles continuam rolando as pedras do mundo até hoje
e sulcando de humanas verdades os mundi/mapas do coração
e um deles eu reconheci
é parecido com você!
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
PLANETAS DE 'GUDE'/NO JARDIM DE SOFIA (zocha)
Dá-me a tua palavra de cheiro e saberei reconhecer
o sabor da florada de tua alma....
Carrego o tempo no carroção da longa estrada
encontro vespas disfarçadas
mas as colméias me enlevam
não aprendi ainda a distinguir as heras/eras
e chutando as pedras do mundo
lá vem ele/ rolando o tempo
de franjinha encaracolada Curumim
aparada pela tesoura de podas da mãe
de pulôver de tricot azul de ponto meia
de calça xadrez de algodão
e quantas vezes de barriga de fora
quase pelado
E olha a rua como a lua cresceu de repente
de ladeira barrenta a Goiás virou ardilosa serpente
que o velho crente Emídio expulsava o satanás todos os dias
Mas haviam anjos pelos caminhos jogando
Bolinhas de “gude” (búrico)
e rolando com os planetas do mundo
juro que sempre os encontrei
e eles continuam rolando as pedras do mundo até hoje
e sulcando de humanas verdades os mundi/mapas do coração
e um deles eu reconheci
é parecido com você!
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net