Destino
Perco-me nas gotas de um dia... Chuva fina.
E Calvino com suas cidades... Um eterno fundo literário.
Assim, corrompo com o tempo... Afano as ondas do concreto... Da matéria, faço fogos de artifício... Ou viro árvore.
Sugestionar as folhas de um eco... Deixar que o teu tato seja exato.
Dedilhamos as notas... Anotas os meus dias, queres ser o guia...
Seresteira face... Gosto dos teus entalhes.
A vida parece mansa... Tem gosto de brincadeira... De fazer bolo.
O café aguarda na mesa posta... E o amor chama, ainda na prateleira...
Arrasta-nos a preguiça... E o dia gira.
Vejo o laço amarado aos calcanhares... Um fio de prata que alguma moira desenhou...
E o teu esboço adornado de carinho...
Que seja felicidade o nome disso.
Não vasculho meu endereço... Nem deixo cartas ou pergaminhos... Já sabes o caminho para entorpecer a alma...
08:07