Carta ao meu pensamento

Tantas coisas pra dizer e tanta coragem me falta.

Tento me convencer que não sou covarde, mas não adianta.

Programo mil coisas pra dizer, me esforço pra mantê-las na mente,

Afinal é um tanto ridículo estar anotando lembretes do que se pensa em falar,

Mas no momento em que o vejo acabo esquecendo de tudo

Tamanha é a minha emoção ao vê-lo

Cada vez parece ser a primeira,

E acabo falando as coisas mais absurdas,

Aquilo que você sempre achou que nunca contaria a ninguém

E acaba falando por não saber exatamente o que falar.

Ele no mínimo me acha ridícula,

Mas não teria coragem de me falar.

Porém isso fica implícito em seu sorriso torto e em seu olhar,

Mas prefiro interpretar como se ele adorasse o meu jeito desajeitado.

Mas também não tenho culpa de nada. Quem mandou eu me apaixonar?

Pensei que conseguiria controlar todo o meu ser,

Mas percebi o quanto sou fraca.

E agora estou nessa situação.

Em tão pouco tempo meu mundo se transformou,

E queria muito dizer isso a ele,

Mas não posso e não quero sufocá-lo,

Afinal ele não é obrigado a nada, muito menos a gostar de mim.

Então tento demonstrar o que sinto pelas minhas ações,

Até onde permite a minha timidez

E torço para que ele entenda que em cada abraço meu

Há um suplício surdo de não me deixes.

23.03.06

GeGe
Enviado por GeGe em 02/07/2006
Reeditado em 29/07/2008
Código do texto: T186484
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.