Existência
Na madrugada de minhas lembranças
nessa amargura da solidão
escuto um clamor delirante dos apaixonados
eu escrevo a saudade
num papel velho jogado pelo tempo
Perambulo por entre carros
na velocidade atormentado do meu coração
e pelas colinas verdejantes escuto
o choro fogoso de alquém que sofre por amor
E sei que na madrugada de minhas emoções
nessa angústia soberana
sei que serei eterno
por essas coisas novas
diante de recordações apaixonadas
de um poeta-humano.