ADEUS BURKA
Chega o sol, desfazendo a sombra que envolve o rosto outrora mergulhado no éter filosófico.
Cai o véu, revela-se a face da mulher bonita de opresso sorriso,
temerosa ainda e em silencioso pranto.
Mostra-se aos poucos a força escondida em tecidos e leis.
Sai do peito em crescente onda, o urro guardado no poço da alma, clamando existência espaço, reverência.
Atrai,
impõe-se,
arrebenta em desejo,
ata-se nas cordas do prazer,
berra animal,
goza,
renasce mãe do mundo...sem véu!