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RASGANDO FOTOGRAFIAS...


Já pedi que fosse embora e me deixasse em paz. Desfiz-me das lembranças presentes ao meu redor, lavei-me dos cheiros, retirei de mim o sabor dele. Rasguei a fotografia onde ele era tão meu e quando me tinha toda, cujas promessas de um nunca vou deixá-la foram reduzidas, picadinhas e lançadas ao lixo do meu esquecimento porta fora de mim.

Tanto que falei que desviasse do meu caminho, encontrasse novo rumo, compusesse outra história com melodia que não recordasse a nossa. Implorei que se mantivesse longe do meu olhar numa distância desmedida onde seu coração não me alcançasse nem em sonhos.

De tudo tentei para me livrar desse sentimento que me prendia mais a cada a dia e percebia que em mim ele também crescia. Os nossos gostares e sabores por osmose confundiam-se do muito que me tinha e do tanto me preenchia.

Eu disse que fosse de vez, que dobrasse a esquina do "não não teve jeito", "não deu", do" tudo bem vou seguir dissolvendo o que não dá para esquecer, da "felicidade é difícil abandonar".Tudo isso pedi para ele!

Mas este besta, o Amor, insiste ficar na minha vida debochando com alegria em falas macias:

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De tudo podes desfazer, mandar para longe de ti! É! Podes até lançar fora aquilo que alcanças ver ou tocar. Mas a mim, o Amor aqui dentro do peito onde não tocas, não vês, só sentes, nem com o tempo aquele que amas tu conseguirás esquecer...