PATRI.ÓTICA
Ah, Neruda...
Minha palavra também é terra,
mas terra diferente da tua.
Aqui,
não há glória ao cantador da pátria.
Aqui,
há desonra e descrença em vida.
Talvez, quando, enfim, eu morra,
a natureza que de mim brota,
o céu que a mim cobre,
tornem o amarelo de minha poesia,
atraente.
E que, assim, eu possa
dizer que meu sangue
corre
nas veias da eternidade.
>>KCOS<<