Despedida é a chegada doída

Despedida é a chegada doída

Do momento insano de partida.

É o condicionamento estranho

Do peito apertado pelo tédio.

Deformando o coração traído.

É uma dor sem remédio.

O descuido é o grande inconsciente.

É o parente que aparece de repente.

Exangue a reclamar da sorte,

Por que existe a dor da morte...

Bom ao precatado,

Ruim ao distraído.

É o peso, pesado

Do nosso sentido.

Um carrega pena,

Outro, estanho.

Um é bandido,

Outro, monge.

Um esclarecido,

Outro, estranho.

Um enxerga perto,

Outro, longe.

Um se acha bisonho,

Outro, esperto.

Um está errado,

Outro, certo...

Assim partimos rumo ao desconhecido.

Despedida, pode ser quando se perde a graça de viver.

Ou, pode ser quando se perde o sentido ao resistir o desamor no próprio prazer.

Confabulações da alma humana.

Por que tudo isso se somos eternos?

jbcampos
Enviado por jbcampos em 06/10/2009
Código do texto: T1850638
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