Despedida é a chegada doída
Despedida é a chegada doída
Do momento insano de partida.
É o condicionamento estranho
Do peito apertado pelo tédio.
Deformando o coração traído.
É uma dor sem remédio.
O descuido é o grande inconsciente.
É o parente que aparece de repente.
Exangue a reclamar da sorte,
Por que existe a dor da morte...
Bom ao precatado,
Ruim ao distraído.
É o peso, pesado
Do nosso sentido.
Um carrega pena,
Outro, estanho.
Um é bandido,
Outro, monge.
Um esclarecido,
Outro, estranho.
Um enxerga perto,
Outro, longe.
Um se acha bisonho,
Outro, esperto.
Um está errado,
Outro, certo...
Assim partimos rumo ao desconhecido.
Despedida, pode ser quando se perde a graça de viver.
Ou, pode ser quando se perde o sentido ao resistir o desamor no próprio prazer.
Confabulações da alma humana.
Por que tudo isso se somos eternos?