Buraco Negro

Nada... nada! nada, nada!

Nada em relação ao brilho do Sol!

Nada em confronto com a luz do Lua!

Nada, se aproximado ao cintilar das Estrelas!

Nada!

As noites vêm negras, sinistras e misteriosas!

E nada acontece para suprir a desolação, o nada deste coração!

As manhãs nascem fulgurantes, majestosas.

E nada... meu âmago continua triste, cinzento e chuvoso.

De repente, vem um novo dia... Estranho, diferente!

Acordou alegre e sorridente!

Olhos verdes cintilantes! Chamam por mim!

Meneou as madeixas níveas. Barbas negras e suaves como a graúna.

Havia naquelas mãos o calor da estrela cadente.

Tocaram-se, enchedo-me de Luz!

Voz de brisa matítima...

O dia morno envolveu meu coração...

Pensei viver outra vida de emoção...

Mas... Foi apenas um sonho, ilusão

Tudo foi em vão!

Nada existe... só solidão!

Buraco negro...

(outubro de 2009)

thera lobo
Enviado por thera lobo em 02/10/2009
Reeditado em 31/03/2015
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