Estradas do meu mundo
Aprendi a rodar nas estradas do meu mundo
Aprendi a caminhar nas ruas dos meus sonhos
Aprendi a brincar nos quintais de todas as casas
que dos vizinhos, mas eram minhas
Aprendi a ouvir cochichos sem a fala
Aprendi a engolir a lágrima dos meus olhos secos
e sentir a velocidade do vento que embaralha a brisa matutina
No suntuoso papel universal, no infinito, grafo
com zelo o texto singular deste momento
enquanto aguardo a manhã que se avisinha
para cobrir de bençãos as histórias minhas
ser mãe, conviver com o autismo e com o silêncio
de quem só ama demais a poesia
no mistério dos versos das madrugadas
quando acordada, mesmo sem dirigir
os meus sonhos me levavam às estradas de Rian.
E se alguém na carona do meu baleeiro
da minha boléia, do meu carro
perguntar: Quem é Rian?
Direi com singeleza.
é o meu filho amado.