Estradas do meu mundo

Aprendi a rodar nas estradas do meu mundo

Aprendi a caminhar nas ruas dos meus sonhos

Aprendi a brincar nos quintais de todas as casas

que dos vizinhos, mas eram minhas

Aprendi a ouvir cochichos sem a fala

Aprendi a engolir a lágrima dos meus olhos secos

e sentir a velocidade do vento que embaralha a brisa matutina

No suntuoso papel universal, no infinito, grafo

com zelo o texto singular deste momento

enquanto aguardo a manhã que se avisinha

para cobrir de bençãos as histórias minhas

ser mãe, conviver com o autismo e com o silêncio

de quem só ama demais a poesia

no mistério dos versos das madrugadas

quando acordada, mesmo sem dirigir

os meus sonhos me levavam às estradas de Rian.

E se alguém na carona do meu baleeiro

da minha boléia, do meu carro

perguntar: Quem é Rian?

Direi com singeleza.

é o meu filho amado.

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 28/09/2009
Código do texto: T1836997
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