PAIXÃO ANTIGA
 





 
E o inesperado aconteceu. Conheci alguém. A voz parecida com a tua! Eu sei! Eu sei! Ninguém é igual! Nem igual a você. E eu queria tanto que fosse! Que existissem outros e melhores. E minha alma cantasse ao som de outra voz! Sentir aquele impertinente arrepio diante de um simples olá e corar! Em seguida, tua risada irônica e ao mesmo tempo repleta de ternura. A combinação dos nossos contrastes realça a intensidade. E nos coloca em relevo.


E se quiser saber mais, confesso! Até hoje, tenho vontade de dançar sempre que escuto tua voz. E por sentir que sou livre, mesmo nesta hora ridícula, te amo ainda mais...


Como este sentimento se preserva intacto por tanto tempo?


Imaginei que poderia reviver algo tão intenso e no meio do caminho entendi: ele não era nada parecido com você! E quem estava ali, do outro lado, nem me lembro mais...


Entretanto você é uma avalanche para os meus sentidos. A melhor lembrança em carne viva.
 

E agora, o oceano entre nós! O jogo da vida que afasta e aproxima. Num instante, estamos frente a frente. E depois, cada um de um lado do mundo. E novamente você diante de mim. Até a próxima despedida.


Confesso outra tolice. Quando a saudade aperta, vou ao aeroporto para refazer o caminho por onde tantas vezes nossos pés correram na mesma direção.


E o resumo da verdade: se eu pudesse atravessaria o Atlântico de vez! Ou passaria uma borracha neste meu coração mapa mundi que teima em não te esquecer!

 
Mesmo longe, você nunca está fora de mim!

 
Quer saber?

 
É você que me faz escrever!



(*) Imagem: Google

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 28/09/2009
Reeditado em 18/01/2010
Código do texto: T1835641
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