QUERO SER CRIANÇA
Que o mal acabe, certo é que temos que dar, Um não para a violência. //Que o mal termine, que não se assine, o óbito da verdade.// Que o bom senso reine, que não se aplauda, um tiro certeiro. //Seja quem for a vítima, que não viva o causador, seja ele quem for.// Que o bandido, seja ficção de cinema, e a cadeia um grande dilema. //Que uma criança, queira se bombeiro, é sonho, mas nunca diga:quero ser bandido. //Que a poesia seja um aroma, que o ar tenha perfume, que o pulmão um berço de amor.// Porque não há vida no ódio, porque mesmo contra a vontade somos irmãos, morrendo ou matando mesmo que por defesa, a dor ficará plantada para sempre. //Que a morte chegue de surpresa, e que todo mundo chore o defunto. //Que a morte não seja a deixa para a festa maior desse mundo. Porque não quero morrer, como autor de minha sorte. //Porque quero viver minha fantasia, e que o outro seja minha companhia. porque ainda quero ser criança, que chora a falta de sua mãe, e assim não matará sua lembrança.
Escrevi esse texto extremamente chocado com a morte daquele assaltante que pegou uma mulher como refém. Não discuto a necessidade de salvar a pobre mulher nem a atitude da polícia, que até me pareceu correta. Mas minha maior tristeza foram os aplausos recebidos pelo atirador. Que a sociedade viva sob constante medo da violência é fato, mas chegar a aplaudir a morte de um ser humano é porque tem alguma coisa muito de errada. Quando começamos a agir como animais sem nenhum senso crítico, sem noção da importância da vida, qualquer vida, é porque nos brutalizamos a tal ponto que um bom tapa no rosto é o melhor caminho para se resolver um pequeno problema conjugal. Uma boa surra de chicote seria a forma correta para uma gravidez não desejada, ainda mais sendo nossa filha. Pior, uma cruz e uma fogueira para algum maluco que venha dizer que a solução dos problemas passa necessariamente pelo amor aos outros.
Que o mal acabe, certo é que temos que dar, Um não para a violência. //Que o mal termine, que não se assine, o óbito da verdade.// Que o bom senso reine, que não se aplauda, um tiro certeiro. //Seja quem for a vítima, que não viva o causador, seja ele quem for.// Que o bandido, seja ficção de cinema, e a cadeia um grande dilema. //Que uma criança, queira se bombeiro, é sonho, mas nunca diga:quero ser bandido. //Que a poesia seja um aroma, que o ar tenha perfume, que o pulmão um berço de amor.// Porque não há vida no ódio, porque mesmo contra a vontade somos irmãos, morrendo ou matando mesmo que por defesa, a dor ficará plantada para sempre. //Que a morte chegue de surpresa, e que todo mundo chore o defunto. //Que a morte não seja a deixa para a festa maior desse mundo. Porque não quero morrer, como autor de minha sorte. //Porque quero viver minha fantasia, e que o outro seja minha companhia. porque ainda quero ser criança, que chora a falta de sua mãe, e assim não matará sua lembrança.
Escrevi esse texto extremamente chocado com a morte daquele assaltante que pegou uma mulher como refém. Não discuto a necessidade de salvar a pobre mulher nem a atitude da polícia, que até me pareceu correta. Mas minha maior tristeza foram os aplausos recebidos pelo atirador. Que a sociedade viva sob constante medo da violência é fato, mas chegar a aplaudir a morte de um ser humano é porque tem alguma coisa muito de errada. Quando começamos a agir como animais sem nenhum senso crítico, sem noção da importância da vida, qualquer vida, é porque nos brutalizamos a tal ponto que um bom tapa no rosto é o melhor caminho para se resolver um pequeno problema conjugal. Uma boa surra de chicote seria a forma correta para uma gravidez não desejada, ainda mais sendo nossa filha. Pior, uma cruz e uma fogueira para algum maluco que venha dizer que a solução dos problemas passa necessariamente pelo amor aos outros.