O "Eu" Declama e Proclama
Só não existo de quando em vez
Acho-me estranho, meio enxovalhado
Culto à sapiência, traz-me ausente à memória
História, mania de voltar.
Hora laço, hora prego, bate o martelo
E lá se foi o “eu” cascudo, meio leso.
Insensível às normas e aos costumes.
Logo atolo num contingente encapuzado
Sigo o norte, rumo ao centro
Pouca raça, muita brasa
E segue o fogo ardendo o peito
Meio sem jeito, contudo ileso
Em um apanhado desamparado
Entre o sonho, a idade e a realidade.