Pensamento Capitalista
Quanto tempo gasto pensando,
Fazendo orçamentos do nada,
Que construo na ociosidade,
De um sonho que não é sonhado,
De um ato que não se consuma.
Você me vigia, e eu te penso,
Com isso digo que não foi em vão,
Esperar por essa lembrança,
Que surgiu agora no meio da inspiração.
Derrepente tive de esquecer-te,
Meu organismo dispertou o sono,
Que adormecia lá atrás,
No meio das amarras dos segundos.
E passo agora a apressar-me,
Sem demoras pra dizer algo,
Tão profundo e intenso,
Quando o brilho de teus olhos.
Estás em mim, e continuo a dizer,
Que nem um momento te esqueci,
Só gastei tempo tentando atrasar,
Aquilo que minhas palavras revelam,
Sem medo de demorar nos sentidos.
Apenas envergonham-se,
Porque não sabem explicar,
Com palavras, com termos definidos,
O quanto te gosto, e te desejo,
Sem medir quantidades de te lembrar.