Pensamento Capitalista

Quanto tempo gasto pensando,

Fazendo orçamentos do nada,

Que construo na ociosidade,

De um sonho que não é sonhado,

De um ato que não se consuma.

Você me vigia, e eu te penso,

Com isso digo que não foi em vão,

Esperar por essa lembrança,

Que surgiu agora no meio da inspiração.

Derrepente tive de esquecer-te,

Meu organismo dispertou o sono,

Que adormecia lá atrás,

No meio das amarras dos segundos.

E passo agora a apressar-me,

Sem demoras pra dizer algo,

Tão profundo e intenso,

Quando o brilho de teus olhos.

Estás em mim, e continuo a dizer,

Que nem um momento te esqueci,

Só gastei tempo tentando atrasar,

Aquilo que minhas palavras revelam,

Sem medo de demorar nos sentidos.

Apenas envergonham-se,

Porque não sabem explicar,

Com palavras, com termos definidos,

O quanto te gosto, e te desejo,

Sem medir quantidades de te lembrar.

Lusanfreitas
Enviado por Lusanfreitas em 27/09/2009
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