Incursão bicéfala
Quisera eu poder sobre o poder...
Mas manter-me nesta clareira,
Inerte, inepto, indefinido...
Só me arrasta mais facilmente à poeira
De um sonhador corrompido,
Buscando nova forma de viver?
Estas batidas irrompem aceleradas
Ultra-sensíveis ao deslocar atroz
De um pensamento que a punhaladas
Desata do emaranhado todos os nós...
Atravessando todas as camadas do ser
Impedindo-me de se ater
Visceral demônio aturdido
És tão belo difundido!
“Oh, prazer que me rasga a carne
Cerne da pústula do existir,
Vitrificado sacro despojo,
Intento malogrado e vil
Sou na ‘desgraça’ viril,
Pois trago vida em meu bojo”
(aos Verbena...)