RONDA
Na noite fresca
perambulo pelas ruas desertas.
Sinto o afago do vento
no meu rosto, enquanto o
sereno penetra-me por entre as
roupas, numa tortura
que dá prazer.
Deito o olhar pelas ruas
buscando o nada...
Comigo vai a solidão
que me acalenta nas horas
que se seguem.
Busco algo no céu ou
numa estrêla distante.
Enquanto isso percorro
as ruas buscando a esperança
e caminho lado a lado com o futuro.
(06/84)