Ela chega (em setembro)
Ela chega (em setembro)
Ela vem...
Chegando, toda faceira, encantadora e encantada, entre princesa e fada, bela que é ela...
Que bela...
Cheirosa, inebria os ares, por onde passa nos faz suspirar, que aroma, provoca o sonhar, É ela...
Sestrosa, menina garbosa...
Ela vem,
Enfeitando os olhos, preenchendo de cores o imaginar,
Ela vem...
Em rosas, vermelhos, amarelos, violetas quando quer apaixonar,
Mas sábia também se veste de paz, vem alva e tão pura, nos faz relaxar, meditar...
Vem variadamente. Múltipla e ardente. Linda e abundantemente a agradar tantos corações...
Invariavelmente...
Os poetas a clamam (aclamam), inspiram-se em seu existir, fazem lindas canções, ricos versos, só pelo seu desabrochar, entreabrir...
E aos amantes? Embala os dolentes ais, inspiração dos enamorados... Do amor o esperançar...
Ah, ela vem chegando, bonequinha delicada, que também exubera, enfeitiça...
Vem moça de tantas armas, segredos, nova quimera...
É de todo feminina, realeza entre os varões, fêmea, fatale, felina, fulgurante, fugaz...
Flor...
Fagueira, formosa,
Feito primavera...
Qual o tempo que chega...
Em setembro.
Homenagens:
“... Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez...”
(BETO GUEDES)
“... Me espera amor que estou chegando,
Depois do inverno a vida em cores,
Me espera amor nossa temporada das flores...” (LEONI)
“... Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo...”
(CASSIANO)